
Ariano Suassuna (Ariano Vilar Suassuna) nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, na Paraíba, em 16 de junho de 1927.
É advogado, poeta, professor, teatrólogo e romancista.
Filho de João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna (ex-governador do Estado da Paraiba, no período de 1924 a 1928, assassinado no Rio de Janeiro, em conseqüência da luta política às vésperas da Revolução de 1930) e de Rita de Cássia Dantas Villar.
Em 1930, aos três anos de idade, com a morte do Pai, sua mãe se transferiu com os nove filhos para Taperoá, onde fez os estudos primários.
No sertão paraibano Ariano Suassuna se familiarizou com os temas e as formas de expressão que mais tarde vieram a povoar a sua obra.
Em 1942, a família se mudou para Recife e os primeiros textos de Ariano foram publicados nos jornais da cidade, enquanto ele ainda fazia os estudos pré-universitários.
Em 1946 iniciou a Faculdade de Direito e se ligou ao grupo de jovens escritores e artistas que tinha à frente Hermilo Borba Filho, com o qual fundou o Teatro do Estudante Pernambucano.
Em 1947 escreveu sua primeira peça, "Uma Mulher Vestida de Sol", e com ela ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno.
Após formar-se na Faculdade de Direito, em 1950, passou a dedicar-se também à advocacia.
Mudou-se de novo para Taperoá, onde escreveu e montou a peça "Torturas de um Coração", em 1951. No ano seguinte, voltou a morar em Recife.
O Auto da Compadecida, em 1955, encenado em 1957 pelo Teatro Adolescente do Recife, conquistou a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. A peça o projetou não só no país como foi traduzida e representada em nove idiomas, além de ser adaptada com enorme sucesso para o cinema.
Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".
No dia 19 de janeiro de 1957, Ariano se casou com Zélia de Andrade Lima, com a qual teve seis filhos (Joaquim, Maria, Manoel, Isabel, Mariana e Ana).
Obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.
Em 1969 foi nomeado Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, ficando no cargo até 1974.
Ariano estava sempre interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais.
No dia 18 de outubro de 1970, lançou o Movimento Armorial, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina: do Barroco ao Armorial", na Igreja de São Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.
Foi Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976 e foi professor da UFPE por mais de 30 anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e História da Cultura Brasileira.
Desde 3 de agosto de 1990 ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Araújo Porto Alegre.
Em 1993, foi eleito para a Cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.
Suas principais obras:

Uma mulher vestida de Sol (1947).
Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa (1948).

Os homens de barro (1949).
Auto de João da Cruz (1950).
Torturas de um coração (1951).
O arco Desolado (1952).
O castigo da soberba (1953).

Auto da Compadecida (1955).
O Santo e a Porca - O casamento suspeitoso (1957).
O homem da vaca e o poder da fortuna (1958).

A Pena e a Lei (1959).
Farsa da boa preguiça (1960).
A caseira e a Catarina (1962).

A Pedra do Reino (1971)
História d’O Rei Degolado nas caatingas do sertão (1977).
As conchambranças de Quaderna, (1987).
O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971).

O santo e a porca. O casamento suspeitoso (1974).

A História de Amor de Fernando e Isaura (1994).
A História de Amor de Romeu e Julieta (1996)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não serão permitidos comentários maldosos e/ou xingamentos. Obrigado pela visita!