domingo, 16 de março de 2014

Eu ouço música do mundo! #ProntoFalei



Passei parte de minha caminhada seguindo à risca o que me haviam ensinado: "música do mundo é coisa do capeta!".

Foi necessário juntar bastante poeira nos pés e nascerem alguns fios de cabelos brancos (isso é recente hein!) para eu entender quão equívocos são tais ensinamentos. Lamento ter perdido tanta coisa boa, numa época em que as MÚSICAS tinham espaço.

Hoje tive o prazer de conhecer Los Hermanos. Cara, onde eu estava?! Os conheci pela influência que exercem sobre uma geração abençoada da música cristã, a saber: Palavrantiga, Crombie, Lorena Chaves, Alforria, entre outros.

Minha alegria, é que vejo Pastores e líderes que compartilham do mesmo pensamento que eu. Renato Vargens escreveu em seu blog: "Talvez por ignorância, parte dos evangélicos em nome de Deus dicotomizaram a existência dualizando o mundo. Infelizmente fundamentados numa pseudo-espiritualidade, um número imensurável de cristãos tem ao longo dos anos avaliado como profano e imoral tudo aquilo que não brota dos arraiais evangélicos. Para estes, quem ouve musica do mundo ou vai ao teatro assistir uma peça, cede às tentações do diabo. Segundo esta perspectiva, a arte, a cultura e a música secular foram “divinamente satanizadas”.Como disse o pastor Marcio de Souza é absolutamente impossível negar a ação de Deus entre os homens ao ouvir clássicos da música como “One” do U2, ou "Miss Sarajevo" onde Luciano Pavarotti leva qualquer um às lágrimas com sua participação especial."

Mas por que consumimos tudo que o "mundo" produz e somente a música está neste limiar entre sagrado e profano, salvo ou condenado, céu ou inferno? Foi aí que eu entendi o sentido de Graça, ou o princípio da Graça Comum, segundo a qual "Deus em sua infinita graça fez com que o sol nascesse sobre o justo e o injusto, e mandasse chuva sobre o bom e o mau. Entre as bênçãos mais comuns que devem ser atribuídas a esta fonte, podemos enumerar a saúde, a prosperidade material, a inteligência em geral, os talentos para a arte, música, oratória, literatura, arquitetura, comércio, invenções e etc."

Hoje meu maior cuidado é em relação as músicas ditas cristãs, que recebem o aval dos religiosos. Letras que, apesar de explicitar o nome Deus, O esconde no emaranhado de heresias, de suas letras má elaboradas, de jargões repetitivos, de mantras cansativos "distantes do trono".

A boa música, seja ela cristã ou não, deve ser apreciada pela arte, e pela intenção a qual se propõe. Se é pra falar de Cristo, que seja bela. Se é pra falar de amor (entre homem e mulher mesmo), que seja linda, como lindo é o amor.

#AmoMúsca

Um comentário:

  1. Grande post! Escrevi um semelhante no meu blog, se quiser dar aquela olhadinha aqui está o link http://revistarefletindoagraca.blogspot.com.br/2014/03/um-cristao-deve-apenas-ouvir-musica.html

    Sinceramente acredito que devemos apreciar do que é bom, atuar sobre o que é ruim e revelar em uma prática integral o relacionamento de Cristo conosco, se existe dicotomia com a música este movimento deveria ser radicalizado, mas isso é impossível e hipócrita, além de anti- bíblico, sejamos testemunhas de Deus em todos os atos, inclusive no ouvir música secular.

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