sexta-feira, 22 de novembro de 2013

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E AS PROSTITUTAS DA RELIGIÃO




Uma das coisas evidentes nos dias atuais em grande parte da igreja brasileira é o desejo de prosperidade material. Alguém diz: – Deus é Fiel! e entende-se: “Deus vai me abençoar financeiramente, pois Ele é dono do ouro e da prata”; outro diz, “sou mais que vencedor” e interpreta-se: “tenho que ter mais bens e dinheiro do que os ímpios”. Gente, muito maior do que fila para empréstimo consignado é a fila dos que almejam um deus preocupado com luxo e prosperidade dos seus interesseiros.

A falácia da teologia da prosperidade espalha-se como um câncer em nossa terra tropical.

Em uma nação onde a esperança política praticamente acabou, nada mais viável do que encontrar a botija da riqueza na metafísica divina. Os pilantras logo sacaram isso logo! Alguns, mestres estelionatários da fé, outros manobrados, mas ambos conspirando para o mesmo deus.

Os canais de TV nos expõe ao ridículo quando estes falsos mestres anunciam seus produtos em troca de investimentos e se esquivam de falar de temas como arrependimento,pecado, Cruz, Graça e Inferno.

Num país onde há 70% de analfabetos funcionais (ou seja, os que lêem, escrevem, mas quase nada decodificam e interpretam) e a sua maioria não gosta de ler, é oportuno que muitos crentes com tais características fechem as cartas de Deus em detrimento de um contato místico através de barganhas altamente convenientes às suas necessidades e desejos terrenos.

Como bem diz o Rev. Antonio Carlos Costa em relação a nossa natureza caída: “o principal compromisso do homem é a com a sua própria felicidade”. E isso é uma total verdade, principalmente diante de uma cultura onde ser feliz significa ter muito dinheiro, bens e status social.

Nossa reflexão é a seguinte:

- na pauta de Deus há tanto interesse em nos conceder prosperidade material? Será que isso fará com que vivamos em maior comunhão e gratidão a Ele?

Aconteceu que nos tempos de Jeremias, o povo de Israel passava por um momento de economia próspera e conforto material, no entanto estes estavam sob julgamento de Deus por terem cometido apostasia, vejam o que a divindade falou:

“Como, vendo isto, te perdoaria?’ Teus filhos me deixaram a mim e juram pelo que não são deuses; depois de eu os ter fartado, adulteraram e em casa de meretrizes se ajuntaram em bandos; como garanhões bem fartos correm de um lado para o outro, cada um rinchado a mulher de seu companheiro”. Jeremias 5.7-8.

Note que quando o povo estava alimentado, farto e com tempo de sobra o que eles decidiram fazer? Perceba que Deus usa termos fortes e os acusa de adultério.

Amigos, quanto mais abastados , menos nos identificamos com o sofrimento de Cristo e menos almejamos a eternidade!

Nas palavras de Paulo em 2Co 11.1-2 podemos ressignificar o adultério do tempo de Jeremias e pensá-lo em outra dimensão: adultério espiritual.

“Quisera eu me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo”. 2 Coríntios 11:1-2

Deus quer que nos apresentemos como uma noiva pura e fiel. Não obstante, quando a noiva não se satisfaz com a doce presença do noivo e o troca por outros deuses, dentre eles o deus da prosperidade, ela comete tal adultério e passa a ser uma prostituta travestida de religião.

Alguns líderes midiáticos que têm ceifado multidões e lhes oferecido um deus cujo objetivo principal é ludibriar seus filhos e engordar as contas dos falsos mestres. Por isso a cada dia tem se tornado difícil falar da beleza do Evangelho. A satisfação em apenas ter Jesus tornou-se irrelevante para muitos ditos evangélicos. Cantar “Tua Graça me Basta” está totalmente fora de moda. Isso é triste e inquietante!

Urgentemente, precisamos pregar para as pessoas deixando claro que o convite de Jesus não nos garante sucesso material, mas paz, gozo, e alegria eterna. Semelhantemente, para alguns evangélicos, precisamos perguntá-los com ousadia: como anda esse amor pelo noivo. É Amor ou só interesse?

Antognoni Misael no Púlpito Cristão

Um comentário:

  1. meru irmão e amigo quanto a esse povo sofredores eu sinseramente já nem sei mais o que dizer sobre eles, como vovam, a educaç~, a saúde, só esperando tudo que os políticos hipócritas lhes oferecem e não dão nada, é só prmessas e promessas é sempre assim, e o pior é que não aparece alguém que os façam ver a política de outras maneiras , pelo fato da vida em que eles vivem . Essas pessoas vovem na mentira o tempo todo sem nenhuma solução prática, que os alertam para outro tipo de vida, dizer tudo que eles tenham a dizer para eles. Eu me preocupo muito com os Nordestinos mais infelizmente não posso fazer nada por eles.

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